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O soneto em cena
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O soneto é, entre as formas poéticas clássicas, a mais cultivada.
Seja escrito em decassílabos (à moda Camões) ou em alexandrinos (versos de 12 sílabas poéticas, o soneto sempre fascinou nossos poetas brasileiros.
Em Sonetário Brasileiro, o satírico e desbvocado Glauco Mattoso e Elson Fróes mapeiam os melhores sonetos daqueles poetas que se dedicaram ao gênero. O leitor pode, inclusive, realizar a leitura a partir de temas: o soneto erótico, o soneto político, o soneto sagrado, o soneto satírico etc.
Entre os poetas, destacam-se Gregório de Matos, Claudio Manoel da Costa, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Augusto dos Anjos, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes.
Glauco Mattoso, sonetista
e idealizador da antologia


Género lírico de origem italiana: soneto, melodia do franco provençal sonet, diminutivo de suono(som, melodia) vindo do latim sonus.
Atribui-se geralmente a sua criação a Petrarca, séc. XIV, mas na realidade trata-se de uma forma métrica primeiro documentada em Giacomo da Lentino, na primeira metade do séc. III. É controversa a sua raiz, mas a teoria mais autorizada será aquela que considera uma elaboração feita a partir de formas da poesia popular da Sicília, pátria de Lentino.
Ainda antes de Petrarca, que foi realmente o poeta que mais aperfeiçoou o soneto, encontramos Guittone d’Aresso, na segunda metade do séc. XII, que adoptou a rima abba, a mais rigorosa das quadras.
O soneto é composto por 14 versos com um esquema rimático que forma duas quadras e dois tercetos. No soneto dito petrarquiano ou regular, esse esquema é sobretudo abba abba cdc (cde) dcd (cde).
No entanto, já no Renascimento foram usadas diversas variantes. A mais notável é a do “soneto inglês”, no qual o esquema passa a ser três quadras e um dístico. O verso usado é o decassílabo, embora actualmente sejam aceites outras formas. Quanto ao conteúdo, as quadras expõem o assunto, cujas conclusões aparecem nos tercetos ou, no caso inglês, no dístico. O soneto foi cultivado em todas as épocas, mesmo quando o Romantismo iniciou o culto do verso branco. Como escreveu António Coimbra Martins no Dicionário de Literatura, trata-se de “um caso único de sobrevivência de um molde literário à evolução e às revoluções do gosto”.
Disponível em Dicionário de termos literários de Carlos Ceia.